Conto do Leitor
Para provar minha imparcialidade na eterna rixa entre Fiannas e Crias, após um conto com todos os ingredientes dos lobisomens celtas, exaltando uma momento crucial da vida de um de seus maiores heróis, segue um "skald" bem ao estilo cria, reproduzindo as façanhas de um lendário guerreiro de Fenris na visão de um dos seus. Se você também tem uma boa historia para ser contada e se arrisca na arte de escrever histórias, não perca tempo e nos envie logo seu conto antes da chegada do Apocalipse
A História de um Cria Lendário
Irmãos Crias, acabei de chegar, não sou um bom contador de histórias, mas trago uma que poderá inspirá-los, a História do ultimo combate de Mão-Que-Fere-a-Wyrm.
Durante um ritual de nossa Tribo, um Roedor de Ossos chamado Jimmy "Bala-Perdida" Bones pediu licença pra falar, ele foi testado e aprovado, portanto foi ouvido. Ele sim, um Galliard de Renome, nos trouxe a noticia de um Caern novaiorquino que sofria com um ataque dos sanguessugas, e pediu a ajuda dos verdadeiros Guerreiros de Gaia, uma vez que os Garou americanos não eram fortes o suficientes pra lidar com um vampiro em especial.
Isso nos animou, pois se existia tal aberração e nem os Senhores da Sombras locais sabiam lidar com tal sanguessuga, os melhores deviam sair em campanha. Um Theurge Uktena se responsabilizou por abrir a ponte de lua pra nós no momento exato que nossa presença fosse requerida, o que se daria nas próximas 5 horas, (sim, um Uktena, a situação deles era de fato desesperadora fazendo que até essa tribo que nos odeia viesse nos pedir socorro).
Nós preparamos, Mão-que-fere a Wyrm, que era um Lua Cheia lupino, permaneceu em silencio durante todo o tempo de espera e antes da abertura da ponte, ele como que se adivinhasse, passou em revista a nossa matilha, dando um ganido de aprovação a todos os brados de combate que foram proferidos, apenas quando a ponte de Lua se abriu ele rosnou e mudou para sua Forma Crinos, Mão-Que-Fere-a-Wyrm era um ancião, ninguém sabia se era verdade, mas corriam historias que ele havia nascido Theurge.
Quando passamos pela ponte a cena era terrível, havia um poderoso vampiro em uma forma que se assemelhava a Crinos (na verdade um Tzimisce em sua forma Zulo) e junto a ele, um grande exército de fomores (seus lacaios carniçais) que travavam uma ferrenha batalha contra apenas dois parentes portando armas de fogo e três Garous, um Roedor, um Uktena e um Filho de Gaia.
A cena nos comoveu, se aqueles amadores eram capazes de tal coragem, onde estariam os Crias americanos?
Bem, nós éramos em sete, a matilha dos "Filhos de Odin" tinham seis integrantes, eu estava temporariamente com eles, era um filhote apenas.
O pedido de socorro do Roedor foi compreendido quando observamos que o vampiro era do mesmo tamanho que Trovão-Que-Gela-Espinha, o mais alto dentre nós. Ele também tinha a capacidade de fazer brotar vários espinhos de seu corpo, e como se isso já não fosse o suficiente, depois que quatro de nós, finalmente conseguiu passar pela muralha de fomores, percebemos que o sangue da criatura era ácido ao simples toque, de modo que Raio-Violeta, um impuro dentre nós, morreu imediatamente ao morder a criatura, o sangue ácido simplesmente decepou sua cabeça enquanto escorria pelo seu corpo.
A Criatura também parecia poder emanar labaredas de fogo negro e regenerava seu corpo mais rápido que nós éramos capazes de machucá-lo. Foi então que Mão-Que-Fere-a-Wyrm olhou para o uktena theurge que havia aberto a ponte, o qual já estava bastante machucado, e percebeu que esse carregava uma Adaga de Dente. O nosso alfa imediatamente deu um uivo rápido a ele, e este o espondeu apenas com um olhar, jogando em seguida o fetiche pra mim que estava mais perto.
Corri em direção ao alfa, este rapidamente deu breves rosnadas e ordenou a dois dos Garou de sua matilha corressem em seu auxilio. Ele desarmonizou de seu pêlo uma corda ricamente trançada com fios de prata, e tendo ela firmemente em suas mãos, olhou para todos nós e urrou:
- Os Crias de Fenris são a arma perfeita de Gaia, que a Wyrm sinta que não nascemos pra viver e sim para morrer e que aqueles que querem viver para sempre, morram enquanto vivem e não quando já estiverem mortos
Então Mão-Que-Fere-a-Wyrm se virou pra mim e disse:
- Alma de Prata, amarre-me e lembre-se que um dia será teu espírito, mas hoje sou apenas eu e a Adaga
Instintivamente todos compreendemos.
Sussurro-da-Morte e Avalanche-de-Sangue ergueram Mão-Que-Fere-a-Wyrm sobre suas cabeças e estenderam suas mãos, enquanto o Roedor, e o ultimo parente vivo junto com outros dois Guerreiros Fenrir combatiam o restante dos fomores. Eu amarrei a Adaga de Dente na pata de Mão-que-fere-a-Wyrm com seu amuleto, a corda do céu, quando terminei, Trovão-Que-Gela-a-Espinha chegou perto de nós com grande velocidade, mas apenas porque Passo-Firme-e-Feroz, o filho de Gaia Ragabash heroicamente vinha em sua retaguarda impedindo que dois fomores o alvejassem com suas armas. Foi quando o alfa novamente rosnou alto para Trovão-Que-Gela-a-Espinha:
- Thooor!!!
"Trovão" pareceu crescer até as nuvens, seus olhos clamavam por tempestades e sua grande força foi o suficiente pra segurar Mão-Que-Fere-a-Wyrm com uma das patas e ainda arremessá-lo em direção ao Vampiro.
O Fenrir foi visto nos céus ,e lá, Mão-que-fere-a-Wyrm trovejou:
- Fúria que arde destrua a força destruidora
O lendário Don de Hélios concedido aos Lua cheia se fez presente, como uma lança luminosa ele singrou o Céu. Mão-Que-Fere-a-Wyrm, o nosso alfa, seguiu gloriosamente em direção ao Valhalla.
A criatura se incinerou quando a Adaga de Dente em chamas atravessou o seu corpo, Mão-que-fere-a-Wyrm foi banhado em sangue ardente, mas o fogo em seu corpo o protegeu da mácula, ele tombou crivado de espinhos, mas não teve seu corpo profanado.
Eu e os outros Crias cuidamos do final, um Vampiro com um buraco de um metro e meio no corpo não é um Vampiro, é um monte de cinzas e os fomores sem os seus mestres não são fomores, são apenas carniça.
Assim como Mão-que-fere-a-Wyrm morto, com o fogo queimando o solo ao seu redor não é um apenas um Garou, é um Herói!
Alma de Prata, Forseti dos Crias de Fenris, Atualmente membro de uma das matilhas guardiãs do Central Park, New York.
Texto de Alexandre Nigre
Revisão: Pride
Esse conto é rox não é mesmo?
ResponderExcluirMorrer pertence só a aqueles que são vivos de verdade. Desapareçam criaturas da Wyrm, deixem de contaminar a Tellurian... Crias podem ser o que sei lá que as outras tribos os chamarem, mas não podem negar que são guerreiros por excelência. Mão-que-fere-a-Wyrm deixo contigo uma citação dos Crias que ouvi: "Morte é minha irmã, a Dor é minha amante, Gaia é minha mãe e o Grande Fenris é meu pai. Você não tem NADA que eu possa temer."
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